segunda-feira, 23 de maio de 2011

Após vampiros, zumbis são nova aposta do estúdio de Crepúsculo

Divulgação
Se os vampiros já mais do que comprovaram que atraem milhões de fãs, agora chegou a vez dos zumbis terem uma segunda chance. O livro Sangue Quente, sobre a história de um morto-vivo chamado R, é a nova aposta da Summit Entertainment, estúdio que adaptou a saga Crepúsculo para os cinemas. 

Previsto para ser lançado em 2012, o longa-metragem contará com Nicholas Hoult (Um Grande Garoto) no papel principal. Apesar de a obra ter ganhado ótimos elogios de Stephenie Meyer, que afirmou nunca ter pensado tão “apaixonadamente sobre um zumbi”, em entrevista para o R7 o autor deSangue Quente, Isaac Marion, afirma que nunca leu os livros da escritora e ainda evita comparações.

- Existem pessoas que são obsessivamente apaixonadas por tudo de Crepúsculo, e existem pessoas que acreditam que a saga foi a pior coisas que aconteceu para a literatura. Eu gostaria de me manter fora desta questão, então apenas digo que tenho muito respeito por tudo que Stephenie conquistou. 

Sobre o filme, Marion conta que acompanhou de perto o processo de pré-produção e que chegou a conversar algumas vezes com o roteirista e diretor Jonathan Levine (O Doidão). O autor de Sangue Quente ainda acredita que o jovem ator Hoult vai se sair muito bem no papel de Edward dos zumbis.

- Nicholas Hoult se parece bastante com o R que tinha em minha mente e acho que ele tem um tipo de doçura incomum que vai ajudá-lo na hora de as pessoas se simpatizarem com o zumbi.

Leia a entrevista na íntegra com Isaac Marion e conheça detalhes do filme Sangue Quente:

Portal R7 - Por que você decidiu escrever a história de um zumbi?

Isaac Marion - Começou com algumas simples ideias: “como seria estar na pele de um zumbi? Quais tipos de pensamentos um zumbi tem durante as suas atividades diárias? E se um zumbi não fosse um ser sem sentimentos e, simplesmente, não importasse em se expressar para o mundo? Como seria o seu raciocínio”? Com essas ideias, escrevi um conto e percebi que não era suficiente. Por isso, continuei explorando os zumbis até que surgiu o romance.

Portal R7 - Você está envolvido no filme?

Marion - De certo modo, sim. Eu tive algumas conversas com o roteirista e diretor [Jonathan Levine] sobre a visão dele sobre o filme e até discutimos sobre coisas como o visual do longa e as locações. Eu até cheguei a fazer anotações em uma das primeiras versões do roteiro.

Agora, é um projeto da Summit Entertainment, que está sendo bastante respeitosa em relação ao meu papel de autor do livro. Já ouvi histórias horríveis sobre estúdios que mandam o autor ficar quieto e se distanciar do projeto - já fizeram isso até grandes escritores de best-sellers. Então, acredito que a minha relação com a Summit está sendo muito boa.

Portal R7 - E como surgiu a ideia de o livro Sangue Quente se tornar um filme?

Marion - Eu contratei uma editora para revisar o livro e ela gostou tanto do resultado que o encaminhou para alguns de seus contatos da indústria cinematográfica, pois costumava trabalhar no ramo. Até que a Bruna Papandrea [produtora de filmes como Milk - A Voz da Igualdade] viu e resolveu comprar os direitos do livro. Ela acertou tudo com a Summit e aqui estamos nós! O processo de adaptação de um livro para as telonas costuma ser diferente disso, pois a Summit resolveu gravar o filme antes mesmo de eu ter uma editora para publicar o livro.

Portal R7 - E sobre os atores, como você imagina Nicholas Hoult no papel do zumbi R?

Marion - Pelo pouco que eu o conheço, acredito que ele vai se sair bem. Ele se parece bastante com o R que tinha em minha mente e acho que ele tem um tipo de doçura incomum que vai ajudá-lo na hora de as pessoas se simpatizarem com o zumbi.

Nicholas Hoult
O jovem ator Nicholas Hoult vai interpretar o zumbi R nas telonas

Portal R7 - Quais são os principais aspectos de R?

Marion - Ele tem uma vida interior muito profunda, pois está sempre pensando e fazendo observações das coisas que vê ao seu redor e em si mesmo. Mas a sua habilidade de se conectar com o mundo exterior é muito limitada. Por ser um zumbi - ele só consegue falar cerca de quatro sílabas por vez. E o fato de ele não possuir lembranças sobre o seu passado e não ter ideia sobre quem ele foi complica ainda mais a sua relação com o mundo. Essa características, obviamente, fazem com que ele seja extremamente introvertido, tímido, sensitivo e confuso.

Portal R7 - Stephenie Meyer fez ótimos elogios sobre o seu livro. De alguma maneira, acha que Crepúsculo teve alguma influência sobre você?

Marion - Eu sou extremamente grato pelo apoio dela, mas, na verdade, ainda não li os livros da saga Crepúsculo. Sempre me perguntam sobre Crepúsculo, por causa da associação com Stephenie e a Summit, e fico nervoso de me aproximar muito da comparação.

Existem pessoas que são obsessivamente apaixonadas por tudo de Crepúsculo, e existem pessoas que acreditam que a saga foi a pior coisas que aconteceu com a literatura. Eu gostaria de me manter fora desta questão, então apenas digo que tenho muito respeito por tudo que Stephenie conquistou, tornando muitos jovens apaixonados por ler. Acho que na era da internet e da infinita distração, tornar uma série de livros em um evento relevante para a cultura é um feito heróico.

Portal R7 – Assim como Stephenie fez com Crepúsculo, você também pretende transformar Sangue Quente em uma série de livros também?

Marion - Não planejo escrever sequências, mas escrevi uma história que se passa nove anos antes de Sangue Quente, que envolve a vida anterior de R e a sua morte. A história vai ser publicado em uma coletânea e contos intitulada Flashlight in the Basement, que pretendo publicar em breve.


Fonte: Estrelando.r7.com

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